Cidades Inteligentes

Luzes da cidade

Um jardim que se rega automaticamente sempre que seja necessário; um contentor do lixo que avisa que vai ficar cheio; um candeeiro de iluminação pública que só se acende ao anoitecer… Eis alguns exemplos de como colocar inteligência nas cidades. Num futuro próximo, Torres Novas poderá vir a fazer parte deste universo.

Está na moda falar de Cidades Inteligentes (ou Smartcities, na terminologia anglo-saxónica). Mas o que realmente significa este termo? O que se pretende dizer quando se fala de Cidades Inteligentes?

Uma das definições refere que uma Cidade Inteligente é uma área urbana onde redes e serviços tradicionais se tornam mais eficientes através do uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) para benefício dos seus residentes (famílias e/ou empresas).

Para melhor se entender o conceito, talvez seja pertinente apresentar alguns exemplos:

  1. Rega inteligente – Quem nunca viu o sistema de rega automático dos jardins estar a funcionar ao mesmo tempo que chove? Imagine-se agora um sistema de rega automático, que funcione em função das condições meteorológicas atuais e previstas para os próximos dias. Isto é, um sistema que tenha a inteligência necessária para se ligar ou desligar em função da análise combinada da previsão meteorológica com as condições dos solos e do objecto da rega. Deste modo seria feita uma gestão mais eficiente do tradicional serviço de rega dos jardins, poupando esse recurso cada vez mais escasso: a água.
  2. Recolha de resíduos inteligente – Adequar as recolhas de resíduos ao nível de enchimento dos contentores permitirá optimizar as rotas e frequência dos camiões de recolha com ganhos significativos de eficiência e impacto na saúde pública.
  3. Iluminação pública inteligente – Pensemos agora que cada candeeiro estava equipado com duas lâmpadas (uma de baixa potência e outra de maior potência), um sensor de movimento, um sensor de luminosidade e um detector de lâmpada fundida. Através do sensor de luminosidade o candeeiro só se activaria se a luz ambiente descesse abaixo certo nível (ao crepúsculo) ligando a lâmpada de menor potência. Quando fosse detectado movimento nas imediações do candeeiro ligaria a lâmpada de maior potência durante algum tempo. Sempre que uma das lâmpadas estivesse fundida seria enviado um alerta.

Estes exemplos mostram que, com o uso das TIC, pode-se aumentar a eficiência na utilização de recursos como a água, os resíduos urbanos ou a energia eléctrica. Contudo, importa ainda referir que, aos administradores da coisa pública, não basta apenas olhar para uma das variáveis. Há que ter em conta também a eficiência na utilização dos recursos financeiros. Existe portanto, a necessidade de se fazer uma análise económica e financeira antes da implementação de cada projecto de Cidade Inteligente.

O Município de Torres Novas tem estado a analisar e avaliar projectos desta natureza. E, estou convicto que o executivo camarário aprovará aqueles projectos que para além do ganho de eficiência apresentarem também bons indicadores financeiros.

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